Ausência de uma molécula no organismo estaria relacionada ao surgimento da asma. A descoberta dá esperança a novos tratamentos
Apesar das inúmeras opções disponíveis na farmácia, até hoje o tratamento contra a asma continua baseado apenas no controle dos sintomas, como as tosses e as crises de falta de ar. A ausência de remédios que agem na raiz do problema se deve à carência de um conhecimento mais aprofundado sobre o que acontece em detalhes lá nos pulmões.
A boa notícia é que a ciência acaba de avançar mais um pouco nesse sentido: estudiosos do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) descobriram que a falta de uma molécula conhecida por Blimp-1 é um ponto-chave no colapso das vias respiratórias.
“Isso abre a perspectiva de interferir diretamente no quadro alérgico por meio de uma vacina ou um medicamento”, vislumbra o imunologista João Santana da Silva, orientador da investigação, realizada em células humanas na bancada do laboratório e também em cobaias.
O passo seguinte será justamente desenvolver fármacos que mexam com esse processo.
Quais são as opções atuais
Broncodilatador: amplia o calibre dos brônquios, tubos por onde passa o oxigênio. Na asma, eles se fecham de forma crônica.
Anti-histamínico: atua contra a inflamação em diversos processos alérgicos. Reduz a vermelhidão, a coceira e o nariz escorrendo.
Corticoide: alivia a inflamação e suprime algumas células do sistema imunológico, que funcionam de forma exagerada.
Ajustes na casa: eliminar carpetes, bichos de pelúcia e cortinas e manter os cômodos limpos ajuda a controlar as crises respiratórias.
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