“As diferenças dos diferentes”

 

Todas as pessoas são diferentes. Rostos, corpos, fala, andar, pensamento e ideias, que são simples expressões de seus DNAs. Cada uma dessas é única, sem semelhante, geneticamente falando. Nem os gêmeos univitelinos são iguais. A prova disso está na análise das impressões digitais, dos genomas e de novas técnicas de estudo da identidade.

Se olharmos, por exemplo, no âmbito do ambiente do nosso trabalho, verificamos que, cada pessoa daquele grupo tem: andar, tom de voz, orelhas diferentes, personalidades especiais e assim por diante. Os seres humanos são uma espécie da Natureza que possuem uma quantidade descomunal de variações de corpo e mente. 

A medida em que se avança na tecnologia do estudo da identidade das pessoas descobrem-se sobre o que os faz diferentes, e assim, especiais. 
A propósito disso, que muito tem a ver com a genética, algumas pessoas nascem mais diferentes, por terem alterações mais especiais ainda dos seus cromossomos o que os tornam diferentes dos diferentes, ou seja, da maioria.

Os autistas formam um grupo desses, cuja mutação genética desdobra-se em um espectro de formas diversas de um tipo de deficiência na comunicação verbal, visual e expressão corporal.

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, tem como filosofia levar a todos uma melhor compreensão do significado do que é ser uma pessoa com autismo: um diferente dos diferentes, mas com todos os direitos iguais.
A Associação Brasileira Para para o Direitos das Pessoas Autistas (Abraça), prega nos seus eventos desta semana (http://abraca.autismobrasil.orgcampanha2018/) um desbloqueio social e uma ampla abertura para que os autistas vivam e participem das ações da comunidade em que vivem. E, seja recebido como todos devem ser em sociedade. 
 Retroagindo o nosso olhar para os humanos em geral, mesmo com síndromes cromossômicas, todos são diferentes e possuem um espectro infindo dessas diferenças. 

O olhar para os autistas nesse sentido, é o que se deseja na conscientização sobre essa síndrome. Por isso, melhor será nos tratarmos como iguais, respeitando todas “as diferenças dos diferentes”.

DraMarcia Dra. Márcia Alcantara Holanda
Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina
pulmocentermar@gmail.com

Fonte: O povo

“Da morte à vida”

A dor romba, da qual já falei aqui, aquela que nos atinge no cuore, forma um oco na alma, dando-nos a impressão de que fomos trespassados por um golpe, bem certeiro, de enorme covardia, quando nossa essência se desfigura, nossos sonhos se esvaem e fica esse enorme buraco no ser (“As dores rombas de setembro” – O POVO – 27/09/2016). Essa dor veio de novo. Dessa feita provavelmente atingiu as mais de cinquenta milhões de brasileiras negras e pardas desse Pais, e também boa parcela do nosso povo desvalido do necessário ao bem viver. Foi assim que a morte de Marielle nos atingiu, minando a todos e, principalmente, a sua exemplar representação de injustiçados e oprimidos brasileiros.

No primeiro momento vem a questão: por que? Nem se sabe exatamente o motivo, mas uma coisa é certa: foi exibicionismo do poderio do crime, seja de qual milícia. O que eles disseram, eliminando Marielle e Anderson, foi que detêm o poder, até porque usaram armas adquiridas com o nosso dinheiro, pois pertenciam ao Estado.
  Continue lendo

O Programa de Reabilitação Pulmonar do Pulmocenter comemorou, em estilo próprio o Dia mundial do Sono

“O PROGRAMA de Reabilitação Pulmonar do Pulmocenter comemorou, em estilo próprio, o DIA MUNDIAL DO SONO, com a participação maciça das pessoas nele inscritas.
Foi com a palestra intitulada de “O sono que sonho ter” que a Dra. Márcia discorreu e discutiu com os presentes sobre o tema, oferecendo caminhos para se ter um bom sono, de modo descomplicado.


“Semana Nacional do Sono” Objetivo é divulgar para a população informações importantes novidades e últimas pesquisas úteis para o sono de todos nós.

Saiba Mais: http://bit.ly/2GlmGWb

Luto

Ando escrevendo sobre a saga de Joel, nome fictício de um personagem real de um livro. Foi um cavador de poços que, com intuição e criatividade, conseguiu driblar a indiferença do estado – entenda-se aqui como instituições político-administrativas – e salvou da morte mais de mil e duzentos homens, cavadores como ele. Esses, adoeciam e morriam adultos jovens, de silicose, nas fases mais intensas de seus sentidos, sentimentos, emoções e produção (Silicose em cavadores de poços: da descoberta ao controle. JBP 25 (1) 1999).

O luto assolou por dez anos os cavadores e suas famílias, porque as normas administrativas que deveriam não apenas regulamentar, mas permitir ajustes conforme necessidades inesperadas ou especiais de cada momento ou lugar, ficaram bitoladas nos seus dizeres: não há norma para educar cavadores de poços para pararem de cavar e não adoecerem e morrerem de silicose.

A bitola, sob forma de tais normas, acomodou e acomoda confortavelmente as políticas administrativas, não permitindo que se teste ou use novas ideias ou descobertas que mudem o rumo da mesmice, a fim de oferecer vida melhor para o povo.

A ideia era educar os cavadores para mudar uma trágica realidade. O Estado brasileiro não o fez, mas Joel sim. Em associação com seu grupo de companheiros aplicou um programa educativo exitoso, tendo conseguido encerrar esse ciclo de luto coletivo que durou dez anos.

Tudo se repete quando agora o luto vem sob a forma de um sem número de mortes por falta de diagnóstico, estratégias tecnológicas e medicamentos para controle das doenças raras. O mote é o mesmo: as políticas públicas não se renovam o necessário a fim de darem real valor à vida, de modo mais amplo criativo e forte.

Vivemos na fraqueza da acomodação e covardia politico-administrativa, usando essa última palavra, muito bem colocada no discurso de Fátima, na evidenciação desse luto, no dia 28 de fevereiro de 2018: o dia de “Luto pelos raros”. Os acomodados não peitam de frente a morte anunciada, como fez Joel, como faz Fátima e os raros. Faltam-lhes coragem e humildade.

Chega de se esconderem sob a máscara de que são e compõem o melhor e mais igualitário programa de saúde do mundo. Será preciso valer o cuidado amplo e completo aos seres, para ganharem essa peja.

DraMarciaDra. Márcia Alcantara Holanda
Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina
Coordenadora da Comissão de Asma da SCPT
pulmocentermar@gmail.com

Fonte: O povo

Gordura no fígado: laser infravermelho pode ajudar no tratamento

Associado a dieta equilibrada e prática de exercícios, o método tem potencial para combater a esteatose hepática não-alcoólica

Pesquisa indica que laser é aliado no combate à gordura no fígado

esteatose hepática não-alcoólica, conhecida popularmente como gordura no fígado, acomete bastante gente no Brasil. Estima-se que 30% da nossa população conviva com o problema. Só que, por não dar sintomas claros, ele costuma demorar a ser descoberto. Um perigo: além de aumentar o risco de diabetes e doenças cardíacas, o quadro pode evoluir para uma cirrose ou um tumor. Continue lendo