Márcia Alcântara: “Minha amiga virou um polegar”

Isto é uma ficção com base num fenômeno real: minha amiga Susana (nome fictício) é uma grande executiva que trabalha dez horas por dia. Produz muito, mas sempre arranja um tempinho para uma prosa que levamos com frequência. De uns tempos para cá, com a revolução causada pelo “WhatsApp” e outros modos eletrônicos de comunicação rápida, simbólicos e fáceis somente digitando sem sair da cadeira ou da cama, Susana disparou a comunicar-se desenfreadamente.

Mandou ver num pacote de “emoticons” – segundo ela, são milhares deles disponíveis, que servem para substituir toda sorte de ideia, de sentimentos, ações, pensamentos ou o que se imaginar, sem verbalizar nada. Há carinhas redondas para representar tudo isso. Para que escrever se hoje estou triste se existe uma carinha redonda com os cantos da boca para baixo, olhos inclinados na diagonal, também para baixo, sobrancelhas caídas e às vezes uma lágrima caindo do olho? Perguntava ela enquanto eu dizia que essas figuras eram estáticas, padronizadas, impessoais e não expressavam nosso eu real.

Tudo pode se expressar por “emoticons”, afirmava ela. Quase um ano depois dessa “febre da comunicação”, percebi que aquela imagem bonita, de rosto ovalado, expressões faciais puras, dedos finos e que Susana exibia naturalmente havia sumido da minha mente. Em vez daquela autenticidade, o que aparecia para mim era uma mão roliça de polegar boleado, apontando para cima quando ela dizia que estava tudo bem, para baixo se as coisas estivessem dando diferente do desejado e por aí ia. Esse polegar virou a cara dela!

Procurei saber a razão desse fenômeno acachapante e, depois de muito estudar e pesquisar, encontrei que: no nosso cérebro ocorre constantemente um processo de aprendizado e de memorização de fatos e coisas, que também podem mudar continuadamente de acordo com os estímulos ambientais. As conexões dos nossos neurônios podem se fortalecer e se multiplicar para estabelecer novas conexões e até novos neurônios podem surgir: é a neuroplasticidade do cérebro. Isso ocorre conforme tais estímulos. (Tracy J. Shors: Scientific American, 2009; Brain Plasticity: Neuroscience News, 2, 2017.)

Atribuo que a substituição dos textos, das palavras e das imagens reais de Susana pelos “emoticons” possa ter sido influenciado pela neuroplasticidade dos meus neurônios, de tanto ver “emoticons”, em vez de ver Susana…

Ainda bem que tudo pode ser revertido: retornamos à nossa prosa, reduzimos a comunicação por “emoticons” e às imagens. As falas e as escritas sobre Susana voltaram ao normal na minha mente – para alívio nosso.

DraMarciaDra. Márcia Alcantara Holanda
Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina
Coordenadora da Comissão de Asma da SCPT
pulmocentermar@gmail.com

Fonte: O povo

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Sono ruim pode disparar a asma

pulmãoEstudo norueguês indica que noites maldormidas resultaram em problemas respiratórios

Quase 6,5 milhões de brasileiros acima de 18 anos têm asma, estima o Ministério da Saúde. Frequentemente associada à poluição, obesidade, infecções virais e histórico familiar, a doença, responsável por mais de 100 mil internações no SUS, começa a ganhar novos fatores de risco a partir de pesquisas recentes sobre o assunto.

Um artigo publicado no European Respiratory Journal, por exemplo, sugere que adultos com insônia crônica têm um risco até três vezes maior de desenvolver asma em comparação aos livres dessa encrenca. Com a pulga atrás da orelha por causa da alta incidência de insônia entre asmáticos, cientistas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim, decidiram investigar se há uma relação entre as duas condições.

Durante aproximadamente 11 anos, foram levados em consideração sintomas como dificuldade de adormecer, acordar antes da hora e não conseguir pregar os olhos em seguida… Ao fim da análise, a turma que brigava com o travesseiro quase todas as noites estava 108% mais propensa a apresentar asma. Para quem afirmou ter um sono não reparador pelo menos uma vez por semana, a probabilidade de colocar a saúde respiratória nesse baita sufoco era 94% maior.

Até mesmo sair da cama antes do relógio despertar muitas vezes por mês representaria um aumento de 92%. “Embora inicial, o estudo mostra que as alterações no organismo causadas pela privação do sono podem prejudicar as vias respiratórias. Por isso, tratar a insônia é uma boa maneira de prevenir a asma”, declarou Linn Beate Strand, autora do estudo, à imprensa.

Foto: Jonatan Sarmento

Fonte: saude.abril.com.br

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No Futuro, as pessoas não vão mais morrer por envelhecimento

No Futuro, as pessoas não vão mais morrer por envelhecimento”, quem diz isso é o cientista inglês de 53 anos, Albrey de Grey, em entrevista na Folha de São Paulo de 29 de janeiro de 2017.

Para ele, envelhecer é uma doença como a malária e, portanto, é evitável.

Ele diz que envelhecer e morrer são o resultado de um processo de acumulo e danos no organismo. Reparar esses danos, antes dos efeitos graves que eles causam no corpo, prolongará a vida por até mil anos…. Continue lendo

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PRPP – É um trabalho MUITO IMPORTANTE E CONFIÁVEL

Bom tarde amigos!
Comecei o ano numa grande animação, com relação à participação dos nossos pacientes no PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR DO PULMOCENTER (PRPP). 

Ao fazer uma revisão científica sobre o real valor, referente à melhora espetacular da qualidade de vida de nossos pacientes, encontrei essa referência:


Pulmonary rehabilitation for chronic obstructive pulmonary disease – Review 2015

Authors:
McCarthy B, Casey D, Devane D, Murphy K, Murphy E, Lacasse Y

Cochrane

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8 maneiras de controlar a asma

andre-moscatelliQuarta causa de internação hospitalar no Brasil, a asma atinge 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos. Mas é possível que esse número seja bem maior, aponta uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Boehringer Ingelheim do Brasil ao Ibope.

A doença não tem cura, mas algumas medidas simples podem ajudar a amenizá-la

1. Pratique exercícios 

Em um estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), 58 pessoas com a forma moderada ou grave da doença, na faixa dos 30 aos 50 anos, foram convidadas a caminhar em ritmo acelerado na esteira por 30 minutos, duas vezes por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores observaram uma redução nos sintomas e na gravidade do quadro — ou seja, os asmáticos ficaram mais dias livres de episódios de falta de ar. Além disso, tornaram-se mais tolerantes a fatores que irritam o sistema respiratório, como ácaro e fumaça. Uma notícia e tanto se pensarmos que, às vezes, um mínimo contato já dispara o maior sufoco.
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