Sobre a Semana do Sono

Em março é comemorado o Dia Mundial do Sono.

Trata-se de um esforço global para aumentar o conhecimento da população sobre os inúmeros problemas de sono que acometem toda a população e são frequentemente negligenciados ou simplesmente desconhecidos.

A Associação Brasileira do Sono organiza anualmente a Semana do Sono, que ocorre do dia 14/03 a 19/03 em todo o território nacional.

Nosso objetivo é justamente o de divulgar para toda a população brasileira informações importantes, novidades e últimas pesquisas que poderiam ser úteis para o sono de todos nós.

Cada dia da semana daremos destaque para uma doença ou um aspecto específico do sono.

Dormir bem é um sonho possível.

Você dorme bem?

Quantas horas você dorme? Você está satisfeito com o seu sono? Você ronca à noite? Neste primeiro dia da Semana do Sono, queremos promover uma reflexão sobre a sua noite de sono. Uma má qualidade e/ou quantidade de sono pode ser prejudicial à saúde. Assim, a avaliação do sono e o diagnóstico de doenças relacionadas ao sono são fundamentais. O exame de polissonografia pode estudar ao mesmo tempo seu cérebro, respiração e movimentos durante seu sono! Avalie seu sono!

Você sabia que seu sono pode ser avaliado? O exame de polissonografia pode estudar ao mesmo tempo seu cérebro, respiração, e movimentos durante seu sono!!!!

Avalie seu sono, melhore sua vida!!!!

Veja tudo o que acontece durante o seu sono (e nós podemos avaliar):
Cérebro: o líquido que recobre o cérebro fica circulando e eliminando as toxinas, em cada momento o cérebro funciona de forma diferente;

Pulmões: fica mais regular, mas muda em cada fase de sono;
Músculos: com o aprofundar do sono, vão ficando mais relaxados;
Coração: seu coração e a pressão ficam mais calmos durante o sono;

O que é um sono saudável para você? Descubra se você tem um ! Avalie seu sono !

Profissionais da saúde:
INDICAÇÕES DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO SONO:
MÉTODOS DE MONITORIZAÇÃO PORTÁTIL

Tipo 1: Polissonografia completa (pelo menos 7 canais), assistida, em laboratório de sono.
Tipo 2: Polissonografia completa (pelo menos 7 canais), não assistida (domiciliar).
Tipo 3: Dispositivos com menor números de canais (em geral 4 a 7).
Tipo 4: Dispositivos com 1 ou 2 canais, sendo oximetria um dos parâmetros avaliados.

POLISSONOGRAFIA
A polissonografia é o método complementar padrão-ouro na avaliação de Transtornos do Sono.

A polissonografia é rotineiramente indicada:
Para o diagnóstico de Distúrbios Respiratórios do Sono;
Para titulação de pressão positiva (CPAP ou BIPAP) em pacientes com Distúrbios Respiratórios do Sono;
Como avaliação de eficácia terapêutica em casos selecionados;
Para confirmação do diagnóstico de narcolepsia, em associação com o Teste das Latências Múltiplas do Sono;
Para avaliação de comportamentos relacionados ao sono de caráter violento ou com risco à segurança;
Para avaliação de parassonias de apresentação atípica.

A polissonografia pode ser indicada:
Em pacientes com doenças neuromusculares e sintomas relacionados ao sono;
Como auxílio diagnóstico em despertares paroxísticos ou outras formas de perturbações do sono potencialmente relacionadas a crises epilépticas;
Em condições a princípio diagnosticadas como parassonia ou epilepsia relacionada ao sono, sem resposta ao tratamento convencional;
Na confirmação de forte suspeita clínica de Transtorno de Movimentos Periódicos de Membros.

A polissonografia não é rotineiramente indicada:
Para o diagnóstico de doenças pulmonares crônicas;
Para o diagnóstico de parassonias bem caracterizadas clinicamente, de apresentação típica, não complicada, sem potencial de risco ao paciente ou a terceiros;
Na avaliação de pacientes com epilepsia sem queixas consistentes com transtornos do sono;
Para o diagnóstico ou seguimento terapêutico da Síndrome das Pernas Inquietas;
Para o diagnóstico de Transtornos do Ritmo Circadiano;
Para o diagnóstico de depressão.

MÉTODOS DE MONITORIZAÇÃO PORTÁTIL NÃO ASSISTIDA
A monitorização portátil não assistida deve ser utilizada:
No diagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, de forma associada a uma avaliação clínica adequada, por profissionais capacitados em medicina do sono, em pacientes com elevada probabilidade pré-teste de doença moderada ou grave.

Devem ser registrados no mínimo os parâmetros fluxo aéreo, esforço respiratório e saturação sanguínea de oxigênio.

Resultados negativos para SAOS ou registros de qualidade técnica insatisfatória em pacientes com probabilidade pré-teste de doença moderada ou grave devem ser sucedidos por avaliação por polissonografia completa em laboratório de sono.

A monitorização portátil não assistida pode indicada:
Para o diagnóstico de SAOS em pacientes sem acesso ao laboratório de sono devido a condições como dificuldade de deslocamento ou condição crítica de saúde;
No seguimento terapêutico da SAOS, exceto terapia com pressão positiva.

A monitorização portátil não assistida não é adequada:

Para pacientes com comorbidades clínicas relevantes;
Para pacientes com  transtornos do sono associados;
Para triagem de Distúrbios Respiratórios do Sono em populações assintomáticas.

ACTIGRAFIA
A actigrafia é indicada:
Na avaliação de pacientes com Síndrome do Avanço de Fase do Sono, Síndrome do Atraso de Fase do Sono, Transtorno do Trabalho em Turno

A actigrafia pode ser indicada:
Na avaliação de pacientes com Síndrome do Ciclo Sono-Vigília de não 24 horas;
Na indisponibilidade de polissonografia, para estimar o tempo total de sono em pacientes com Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono;
Na caracterização do ritmo circadiano e padrões de sono em pacientes com Insônia ou Hipersonia;
No seguimento terapêutico de pacientes com Transtorno do Ritmo Circadiano ou Insônia.
Na avaliação de pacientes idosos, quando o deslocamento para o laboratório de sono é difícil, para a caracterização de padrões circadianos e padrões de sono, e para seguimento terapêutico;Na avaliação de lactentes e crianças, com e sem comorbidades, na caracterização de padrões de sono e documentação de resposta terapêutica.

BIBLIOGRAFIA:
Sleep 2005;28(4):499-521.
J Clin Sleep Med 2007;3(7):737-747.
Sleep 2007;30(4):519-529

Sleep 2007;30(4):519-529

Fonte: Associação Brasileira do Sono

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