Tosse de fumante pode esconder doenças graves

A chamada tosse do fumante é muito comum, tanto em quem ainda fuma quanto nos que pararam há pouco tempo com o tabagismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 210 milhões de pessoas em todo o planeta sofrem desse mal, cujo nome oficial é doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A DPOC é um perigo porque pode reunir uma série de doenças crônicas pulmonares, como enfisema e bronquite. Por conta disso, o Departamento de Saúde Pública do Reino Unido iniciou recentemente uma campanha para alertar sobre os riscos da tosse recorrente em fumantes. Continue lendo

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Sobre a Semana do Sono

Em março é comemorado o Dia Mundial do Sono.

Trata-se de um esforço global para aumentar o conhecimento da população sobre os inúmeros problemas de sono que acometem toda a população e são frequentemente negligenciados ou simplesmente desconhecidos.

A Associação Brasileira do Sono organiza anualmente a Semana do Sono, que ocorre do dia 14/03 a 19/03 em todo o território nacional.

Nosso objetivo é justamente o de divulgar para toda a população brasileira informações importantes, novidades e últimas pesquisas que poderiam ser úteis para o sono de todos nós.

Cada dia da semana daremos destaque para uma doença ou um aspecto específico do sono.

Dormir bem é um sonho possível. Continue lendo

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Pedras nos rins: causas, sintomas e tratamentos

O cálculo renal pode provocar fortes dores e geralmente exige atenção rápida dos médicos. 

(Ilustração Erika Onodera)

O cálculo renal é uma das piores dores que alguém pode sentir

Estamos falando de uma condição dolorosa marcada pela formação de pedrinhas que obstruem o sistema urinário. Popularmente conhecida como pedra nos rins, essa formação endurecida pode surgir nos rins e atravancar outro ponto do canal urinário. Como o ureter, canal que transporta a urina até a bexiga, é muito estreito, a partícula acaba emperrada. Para expulsá-la, o organismo provoca contrações e surge a dor intensa.
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Márcia Alcântara: “Minha amiga virou um polegar”

Isto é uma ficção com base num fenômeno real: minha amiga Susana (nome fictício) é uma grande executiva que trabalha dez horas por dia. Produz muito, mas sempre arranja um tempinho para uma prosa que levamos com frequência. De uns tempos para cá, com a revolução causada pelo “WhatsApp” e outros modos eletrônicos de comunicação rápida, simbólicos e fáceis somente digitando sem sair da cadeira ou da cama, Susana disparou a comunicar-se desenfreadamente.

Mandou ver num pacote de “emoticons” – segundo ela, são milhares deles disponíveis, que servem para substituir toda sorte de ideia, de sentimentos, ações, pensamentos ou o que se imaginar, sem verbalizar nada. Há carinhas redondas para representar tudo isso. Para que escrever se hoje estou triste se existe uma carinha redonda com os cantos da boca para baixo, olhos inclinados na diagonal, também para baixo, sobrancelhas caídas e às vezes uma lágrima caindo do olho? Perguntava ela enquanto eu dizia que essas figuras eram estáticas, padronizadas, impessoais e não expressavam nosso eu real.

Tudo pode se expressar por “emoticons”, afirmava ela. Quase um ano depois dessa “febre da comunicação”, percebi que aquela imagem bonita, de rosto ovalado, expressões faciais puras, dedos finos e que Susana exibia naturalmente havia sumido da minha mente. Em vez daquela autenticidade, o que aparecia para mim era uma mão roliça de polegar boleado, apontando para cima quando ela dizia que estava tudo bem, para baixo se as coisas estivessem dando diferente do desejado e por aí ia. Esse polegar virou a cara dela!

Procurei saber a razão desse fenômeno acachapante e, depois de muito estudar e pesquisar, encontrei que: no nosso cérebro ocorre constantemente um processo de aprendizado e de memorização de fatos e coisas, que também podem mudar continuadamente de acordo com os estímulos ambientais. As conexões dos nossos neurônios podem se fortalecer e se multiplicar para estabelecer novas conexões e até novos neurônios podem surgir: é a neuroplasticidade do cérebro. Isso ocorre conforme tais estímulos. (Tracy J. Shors: Scientific American, 2009; Brain Plasticity: Neuroscience News, 2, 2017.)

Atribuo que a substituição dos textos, das palavras e das imagens reais de Susana pelos “emoticons” possa ter sido influenciado pela neuroplasticidade dos meus neurônios, de tanto ver “emoticons”, em vez de ver Susana…

Ainda bem que tudo pode ser revertido: retornamos à nossa prosa, reduzimos a comunicação por “emoticons” e às imagens. As falas e as escritas sobre Susana voltaram ao normal na minha mente – para alívio nosso.

DraMarciaDra. Márcia Alcantara Holanda
Médica pneumologista; coordenadora do Pulmocenter; membro da Academia Cearense de Medicina
Coordenadora da Comissão de Asma da SCPT
pulmocentermar@gmail.com

Fonte: O povo

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