O preço dos remédios é controlado pelo governo federal. Em abril desse ano, houve reajuste nos preços. Porém, agora os consumidores estão sentindo ainda mais diferença quando vão ao balcão das farmácias. Não foi novo ajuste nos preços, dessa vez é a alta do dólar que está influenciando. Para continuar com o lucro, os fabricantes diminuíram os descontos que dão às farmácias. A saída para economizar pode ser escolher remédios genéricos, similares ou até mesmo da Farmácia Popular, do governo.
Genérico x similar x referência
O medicamento de referência (de marca) foi o primeiro a desenvolver e registrar aquela molécula com a indicação terapêutica. Essa marca tem o registro protegido por patente em média por 15 anos, após esse tempo é liberado para que outras marcas fabriquem um medicamento com o mesmo princípio ativo e indicação. Daí que saem os genéricos. Para estarem nessa categoria, os genéricos precisam passar por testes que comprovem a equivalência farmacêutica (mesmo remédio) e bioequivalência (mesma ação no organismo, reações adversas,tempo de ação).
Os similares têm esse nome porque em uma época que não tinha regulamentação, os fabricantes só precisavam provar com documentos que aquele medicamente era parecido com o de referência para conseguir registro. Após a implantação dos genéricos, os similares também precisaram passar pelos mesmos testes e comprovar a equivalência com o de marca.
A principal diferença entre o similar e o genérico é que o segundo não tem marca e o primeiro tem. A informação de que aquele medicamento é um similar está na bula e em uma lista que está disponível no site da ANVISA. Os farmacêuticos também devem ter essa informação nas farmácias.
Como escolher?
Para escolher entre os três medicamentos depende do remédio prescrito e do preço. Se na receita médica estiver escrito apenas o remédio de referência, o paciente pode solicitar ao farmacêutico as opções dos genéricos e escolher o que preferir. Porém, não pode solicitar o similar, esse só pode ser vendido se o médico prescrever a marca. Portanto, é importante que o paciente converse com o médico no momento da prescrição sobre as opções para aquele remédio.
Fonte: Bem Estar – 16/12/2015